Testes para identificar o vírus do zika podem ser feitos em breve em 20 minutos. O Pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em Pernambuco, desenvolveram um método simples, 40 vezes mais barato que o tradicional. Espera-se que seus benefícios cheguem após o final do ano, beneficiando principalmente os dois municípios distantes, onde ou o resultado do teste de zika pode levar cerca de 15 dias. Uma informação é de dois criadores da técnica, ou pesquisador da unidade de Jefferson Ribeiro.
“Dada a técnica atual (PCR), é extremamente cara no Brasil, há poucos laboratórios de referência que podem realizar o diagnóstico de Zika – até pouco tempo atrás eram apenas cinco, inclusive a Fiocruz de Pernambuco -, uma cidade pequena, no interior do estado, acaba prejudicada. A amostra precisa sair do interior e ir para a capital para ser processada, enfim, se pensarmos nesses municípios, o resultado pode demorar por volta de 15 dias”, destaca Ribeiro.
Outra vantagem do novo teste que pode ser feito por alguém em postos de saúde, não requer treinamento complexo. Como kit rápido, basta coletar amostras de saliva ou urina, misturar com reagentes fornecidos em um pequeno tubo de plástico e depois aquecer em banho-maria. Vinte minutos depois, se a cor da mistura se tornar amarela, está confirmado o diagnóstico de Zika, se ficar laranja, o resultado é negativo. Hoje, o teste de PCR (reação de polimerase), com reagentes importados, é feito com material genético retirado de amostras, ou que leva mais tempo.
O teste elaborado pela Fiocruz Pernambuco também é mais preciso, tem uma taxa de erro bem menor, acusando a doença mesmo em casos que não foram detectados pela PCR.
A expectativa dos pesquisadores e esse kit é desenvolvido indústria nacional, com participação da Bio-manguinhos, e disponível ou final ano. Testes semelhantes são usados para vírus da dengue e outras bactérias. “Essa é nossa pretensão, para facilitar a disponibilidade para o Sistema Único de Saúde”, disse Ribeiro.
Fonte: Isabela Vieira, agenciabrasil.ebc.com.br