A ONU, Organização Mundial da Saúde, se refere ao leite materno como “alimento dourado”. A designação se dá devido à importância da amamentação nos primeiros meses de vida para a imunidade e desenvolvimento dos bebês.
A primeira fonte de alimentação, e que para muitos profissionais da saúde deve ser a única durante os primeiros seis meses, é rica em nutrientes como vitaminas, minerais, proteínas, gorduras e açúcares que são extremamentes necessários para a formação da criança no início de sua vida.
Além de cumprir seus valores nutricionais, o leite materno também será um dos fatores que garantem a imunização, oferecendo proteção contra infecções, diarreias e alergias.
Nos primeiros meses pós-parto, o leite materno possui uma coloração mais amarelada, isso ocorre devido às diversas substâncias que garantem proteção imunológica para a criança. O colostro, como é chamado esse primeiro leite com coloração diferente, é considerado por muitos a nossa primeira “vacina”.
Vantagens para os recém-nascidos

Além da nutrição e imunização, a amamentação traz uma série de vantagens para os recém-nascidos. É por isso que a Associação Brasileira de Pediatria, seguindo recomendações da OMS, incentiva o aleitamento exclusivo até os 6 meses de vida e, aliada a outros alimentos, até os 2 anos de idade.
Para o bebê, a amamentação apresenta as seguintes vantagens:
- Ajuda na formação do sistema imunológico;
- Diminui a ocorrência de cólicas;
- Protege e repara o intestino graças à presença de uma molécula chamada PSTI;
- Ajuda na prevenção da anemia;
- Auxilia no desenvolvimento da arcada dentária devido aos movimentos de sucção;
- Tem menor risco de desenvolver artrite reumatóide e asma;
- Tem menos chances de ter sobrepeso ou desenvolver obesidade no futuro;
- Alguns estudos apontam que crianças amamentadas com leite materno até os 6 meses possuem em média 3 pontos a mais nos testes de QI;
- Segundo a Universidade de Medicina da Virgínia, a amamentação protege contra síndrome da morte súbita.
Vantagens para as mães

A amamentação não traz vantagens apenas para os bebês. Além do vínculo adquirido durante a prática, ajuda na redução dos sangramentos pós-parto, acelerando o processo de recuperação. Além disso, alguns estudos recentes apontam a relação entre o aleitamento materno e a redução de casos de câncer de mama.
A amamentação apresenta os seguintes benefícios:
- Reduz o risco de desenvolver diabetes tipo II após o parto;
- Diminui o risco de depressão pós-parto;
- Auxilia na prevenção de câncer de mama e de ovário;
- Segundo estudos da Universidade de Pittsburgh, previne a mãe de doenças cardiovasculares;
- O leite está pronto para ser ingerido, transportado e não representa custos adicionais;
- Auxilia no desprendimento da placenta e evita sangramentos em excesso.
Não consigo amamentar, e agora?

Contudo, nem sempre o aleitamento materno é possível e por uma série de motivos, muitas mulheres apresentam dificuldades. Os primeiros dias podem ser dolorosos devido à formação de fissuras nos seios.
Além disso, com a pega errada do bebê, os seios podem ficar excessivamente cheios e evoluir para um caso de mastite, uma inflamação que provoca dor, inchaços e vermelhidão nas mamas.
Em alguns casos, algumas mulheres podem ter produção de leite interrompida de maneira precoce, algo que pode ocorrer de maneira natural ou devido a realização de procedimentos como mastopexias ou cirurgias redutoras. Porém, não é preciso se desesperar, existem procedimentos e alternativas que garantem que seu filho também se desenvolva de uma maneira saudável.
Relactação ou lactação induzida

Se o problema for a produção de leite, pode-se fazer o processo de relactação, que estimula a produção de leite materno. Primeiramente, existem duas nomenclaturas diferentes, dependendo do caso: a relactação é feita em mulheres que em algum momento já amamentarem e por algum motivo não conseguem mais produzir leite, para aquelas que nunca amamentaram o processo é o de lactação induzida.
O processo para resolver a questão consiste em mergulhar uma das extremidades de uma sonda nasogástrica em leite materno obtido em bancos de leite e a outra é fixada no mamilo da mãe, Enquanto o bebê suga o leite e se alimenta, também ocorre o estímulo da mama.
Fórmulas para bebês
Ainda assim, se não for possível, é recomendado recorrer a bancos de leite ou as fórmulas para bebês. É importante ressaltar que não se pode introduzir na alimentação do recém-nascido o leite que ingerimos no nosso dia a dia. As fórmulas, apesar de serem feitas à partir do leite de vaca, são modificadas para fornecer nutrientes específicos em cada fase da criança e facilitar a digestão.
Ao introduzir a fórmula, é preciso seguir atentamente as instruções de preparação e, segundo especialistas, é desnecessário usar engrossantes. É preciso também respeitar as fases especificadas nos rótulos, visto que cada uma é preparada para nutrir necessidades específicas. Sendo assim, não forneça uma fórmula fase 1 para um bebê prematuro.
O leite materno sempre será a melhor opção, mas não se martirize como mãe caso não consiga amamentar, existem boas opções que também irão garantir que seu bebê cresça forte e saudável.
5 dicas para amamentação

Um dos motivos de não conseguir amamentar pode ser o resultado da pega errada do bebê ou outros fatores mais simples. Para resolvê-los, existem uma série de técnicas que aos poucos vão tornar o hábito mais natural para o recém-nascido.
Caso tenha desenvolvido fissuras, converse com o seu médico sobre pomadas que podem ajudar e se as dores persistam, procure imediatamente por um profissional de saúde.
1 – Escolha um lugar tranquilo
Na hora de amamentar, se prepare e escolha um lugar calmo, tranquilo e sem muitas interrupções. Lembre-se de que é um momento de conexão, então esteja relaxada e sem pressa para também transmitir calma para o bebê e tornar este momento, além de necessário, agradável para ambos.
2 – Incentive a pega correta
Um dos maiores problemas relacionados à amamentação se deve ao fato do bebê não conseguir pegar o seio da mãe corretamente. O recomendado é posicioná-lo com a barriga virada para a mãe e a cabeça mais elevada que o bumbum. Os lábios devem estar bem para fora, o queixo próximo dos seios e a boca deve abocanhar o máximo da aréola que conseguir. Se a mãe sentir dores, é uma indicação de que a pega pode estar errada.
3 – Fique atenta aos sons
Os únicos sons ouvidos durante a amamentação devem ser os de sucção e deglutição. Estalos de língua ou qualquer outro som podem indicar que o bebê não conseguiu pegar o seio corretamente, sendo assim, tente mudar de posição. A pega incorreta não alimenta bem o bebê, tornando necessário repetir o processo mais vezes. Além disso pode causar dores nos seios devido a fissuras ou acúmulo de leite.
4 – Cuidado com a quantidade excessiva de leite
Ter uma grande produção de leite é uma alegria para as mães, porém fique atenta se a quantidade for em excesso. O acúmulo de leite pode ocasionar mastite, uma inflamação nas glândulas mamárias, ou empedramento dos seios. Em caso de grande volume, faça a ordenha manual e estoque o leite, a validade é de até 15 dias se for armazenado corretamente no congelador.
5 – Cuide-se
Cuidar da sua saúde também é primordial para garantir o sucesso da amamentação. É comum sentir muita sede, visto que o corpo tem a necessidade de repor todo líquido, por isso não se esqueça de ingerir bastante água. Uma boa alimentação também é essencial, além disso, evite substâncias como álcool e drogas, bem como medicamentos que não foram previamente prescritos pelo seu médico.
Realização: Plano de Saúde da Amil
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