Hipogonadismo Feminino: o que é, Sintomas, Tratamento, Cura e Mais

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Existe um conceito bastante enraizado em nossa cultura: a gravidez é uma benção. Muitas pessoas pensam dessa forma, principalmente as mulheres, muitas das quais sonham em ter filhos, entretanto existem inúmeros problemas e doenças que podem dificultar esse sonho. Um desses problemas é o hipogonadismo feminino.

O hipogonadismo feminino pode ser caracterizado quando as mulheres produzem menos ou deixam de produzir o estrogênio e a progesterona. A doença não tem cura, apesar de ter tratamento. Geralmente, o hipogonadismo é diagnosticado durante a puberdade.

A doença pode ser classificada em dois tipos, o primário e o secundário. O primeiro é chamado de hipergonadotrófico, que é caracterizado pelos ovários não estarem funcionando como deveriam. Já no hipogonadotrófico, ou secundário, é caracterizado pelas partes específicas do cérebro que controlam os ovários não estarem funcionando corretamente.

Causas

Entre as causas congênitas, a síndrome de Turner é a mais comum entre as pessoas do sexo feminino. Além disso, há outras causas que podem levar ao hipogonadismo feminino, como:

Emagrecimento constante (principalmente em atletas);

  • Doenças autoimunes;
  • Hemocromatose, doença em que o organismo deposita ferro nos tecidos causando defeitos nas gônadas ou na hipófise;
  • Cirurgia e radiações que possam causar alterações na função gonadal.

Fatores de risco

As pacientes que possuem as doenças citadas nos tópicos anteriores podem necessitar de uma avaliação especializada e personalizada.

Já as mulheres com mais de 60 anos têm mais chances de ter hipogonadismo por conta da baixa na produção de hormônios sexuais. Nesses casos, exames de sangue podem ser feitos para identificar com mais facilidade os problemas.

Sintomas

Os sintomas do hipogonadismo feminino são diferentes conforme a idade da paciente. Antes da puberdade, os sintomas costumam ser:

  • Ausência da menstruação;
  • Baixa estatura;
  • Pouco desenvolvimento das mamas;

Após a puberdade, os sintomas costumam ser:

  • Ondas de calor;
  • Perda de pêlos no corpo (axilas e pelos pubianos);
  • Diminuição da libido;
  • Perda de massa muscular;
  • Fogachos em mulheres com menos de 40 anos;
  • Vagina seca;
  • DIficuldade para engravidar;
  • Falhas entre os períodos menstruais ou falta da menstruação.

Além desses sintomas, o hipogonadismo feminino normalmente causa infertilidade ou problemas durante a gestação.

Gravidez e o hipogonadismo

Quando a doença inicial não é na gônada e a paciente tem a intenção de ter um filho, alguns tratamentos podem ser feitos através da utilização de medicamentos que estimulem a função dos testículos ou dos ovários.

Diagnóstico

O diagnóstico do hipogonadismo pode ser feito por médicos radiologistas, pediatras, ginecologistas, endocrinologistas e clínico geral. Esses são os médicos especializados para tratar o problema.

O diagnóstico pode ser dado depois de uma consulta em que o médico faz perguntas de rotina e, após a conversa, o médico descobre o histórico clínico do paciente. Exames podem ser realizados para confirmar a suspeita do médico. Eles são:

  • Ultrassom da pelve;
  • Ressonância da hipófise;
  • Determinação do painel de hormônios (FSH, LH, estradiol e progesterona).

Tratamento

O tratamento do hipogonadismo feminino pode ser feito de três formas:

  • Reposição hormonal com progesterona e estrogênio;
  • Cirurgia;
  • Estimulação da ovulação.

Quando a mulher tem diminuição da libido, o médico pode receitar testosterona em baixos níveis. Os medicamentos indicados para tratar o hipogonadismo feminino são:

  • Utrogestan;
  • Evocanil;
  • Gestrocon;

Os médicos responsáveis irão informar qual é o medicamento mais indicado para o seu caso de hipogonadismo.

Somente um médico pode dizer qual o medicamento mais indicado para o seu caso, bem como a dosagem correta e a duração do tratamento. Siga sempre à risca as orientações do seu médico e NUNCA se automedique. Não interrompa o uso do medicamento sem consultar um médico antes e, se tomá-lo mais de uma vez ou em quantidades muito maiores do que a prescrita, siga as instruções na bula.

Saúde

Complicações

A principal complicação do hipogonadismo é a infertilidade. Como ocorre a falta de hormônios, complicações podem surgir, como:

  • Risco de câncer de mama;
  • Infarto ou derrames;
  • Alterações no humor;
  • Perda de massa muscular;
  • Alteração na massa óssea.

Como conviver com a doença?

Para conviver com a doença, é fundamental fazer o tratamento adequado com acompanhamento especializado.

Prevenção

Manter uma vida saudável é a melhor forma de prevenir doenças. Manter em dia as consultas com o médico de confiança é fundamental também, além de evitar problemas que podem ser causados pela automedicação.

Como evolui o hipogonadismo?

Mulheres com hipogonadismo têm maior risco de câncer de mama e ataques cardíacos.

Se o hipogonadismo é congênito ou adquirido na infância precoce, ele pode arruinar o desenvolvimento sexual da pessoa. Se surge na idade adulta, o resultado mais significativo pode ser a infertilidade.

Hipogonadismo tem cura?

Depende da causa do hipogonadismo. Algumas vezes, quando a causa é um fator passível de correção, o paciente pode ser curado. Porém, na maioria dos casos o fator mais importante é o tratamento adequado com acompanhamento especializado e reposição correta dos hormônios.

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